domingo, 19 de março de 2017

Índices de Saúde

Os índices são proporções, comparações entre um subconjunto no numerador e um subconjunto no denominador, nas mesmas unidades.
Uma boa maneira de entender o que são índices é através da comparação entre coeficiente e índice, como no seguinte exemplo:
Na cidade X, com 100 000 habitantes, ocorreram 100 mortes das quais 20 foram por doença cardiovascular. Analisando os dados temos as seguintes informações:
1. COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR DOENÇA CARDIOVASCULAR:

20 ÓBITOS POR DOENÇA CARDIOVASCULAR/100 000 HABITANTES.

Observe que o numerador (óbitos) é diferente do denominador (habitantes).

2. ÍNDICE DE MORTALIDADE POR DOENÇA CARDIOVASCULAR:

20 ÓBITOS POR DOENÇA CARDIOVASCULAR/ 100 ÓBITOS OBSERVADOS NO PERÍODO.

Observe que o numerador (óbitos) é igual ao denominador (óbitos)

Os índices podem ser utilizados das mais diversas maneiras (óbitos proporcionais por idade, óbitos infantis, maternos, entre outros)



sexta-feira, 10 de março de 2017

Mortalidade Materna

Reúne os óbitos de mulheres devido às complicações da gravidez, parto, puerpério e aborto. Calculado dividindo-se o número de óbitos de causa materna pelo número de nascidos vivos.
Conceitos importantes:
1. Morte materna é o óbito durante a gestação ou até 42 dias após o parto e por causa relacionada ou agravada pela gravidez.
2. Morte obstétrica direta é resultante de complicações obstétricas e corresponde entre 70% a 80% dos óbitos maternos.
3. Morte obstétrica indireta doenças prévias ou desenvolvidas durante a gravidez não devidas a causas obstétricas mas que foram agravadas pelo processo fisiológico da gestação. Correspondem entre 20% a 30%.
4. Morte materna tardia é a morte por causa obstétrica direta ou indireta entre 42 dias e um ano após o parto.
IMPORTANTE:
1- Se não for por causa obstétrica direta ou indireta não é morte materna. Por exemplo gestante entra em óbito após atropelamento não é morte materna mas morte por acidente de trânsito.
2- Se ocorrer óbito por causa obstétrica em um período maios que um ano após o parto não é considerada morte materna.
Referências:
1- ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
2 - GORDISLeonEpidemiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Revinter, c2010. 372 p. Epidemiologia veterinaria: principios y metodos / 1997.

Mortalidade Infantil

Mede a probabilidade de uma criança nascida viva morrer antes de completar 1 (um) ano de idade, normalmente expresso em número de óbitos para 1000 (mil) nascidos vivos.
As taxas de mortalidade infantil podem ser dividas em:
- Alta: >50
- Média: 20 - 49
- Baixa: <20
A mortalidade infantil ainda apresenta as subdivisões:
1. Mortalidade neonatal:
- Óbitos em crianças menores de 28 dias.
- Grandes relação com causas perinatais e anomalias congênitas.
2. Mortalidade neonatal precoce:
- Óbitos em crianças na faixa de 0 - 7 dias (até o sexto dia).
- Causas perinatais e assistência ao parto.
3. Mortalidade neonatal tardia:
- Óbito entre 7- 28 dias (até o vigésimo sétimo dia).
- Mais relacionado a causas endógenas.
4. Mortalidade infantil tardia (pós-neonatal):
- Óbito entre 28 dias - 1 ano.
- Causas -1° - anormalidades congênitas/ 2° aparelho respiratório/ 3° doenças infecto-parasitárias.
5. Coeficiente de mortalidade perinatal:
- Entre 22 semanas completas de gestação e.7 dias após o parto.
- 22 semanas ou 500g ou 25cm ao nascer.
6. Coeficiente de natimortalidade:
- Perdas fetais tardias.
- Avalia a assistência pré-natal.
- Calculado dividindo-se número de nascidos mortos pelo número de nascidos vivos mais o número de nascido mortos.
OBS: coeficiente de mortalidade na infância: até 5 anos de idade.

Referências:
1- ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
2 - GORDISLeonEpidemiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Revinter, c2010. 372 p. Epidemiologia veterinaria: principios y metodos / 1997.

terça-feira, 7 de março de 2017

Coeficiente de Mortalidade Geral

Os coeficientes de mortalidade são definidos como o quociente entre as frequências absolutas de óbitos e o número de pessoas expostas ao risco de morrer.
Os coeficientes de mortalidade podem ser categorizados das mais diversas maneiras:
- idade;
- sexo;
- estado civil;
- causa;
- região;
- etc.
O coeficiente de mortalidade geral é calculado dividindo-se o número de óbitos concernentes a todas as causas, em um determinado ano, pela população naquele ano, circunscritos a uma determinada área e multiplicando o resultado por 1000 (10³).
É muito utilizado na prática, em associação com outros indicadores para avaliar o estado sanitários de determinadas áreas, embora seu uso em estudos comparativos seja prejudicado pela presença de variáveis intervenientes, relacionadas à qualidade dos serviços de registro de dados vitais (parcela da população que tem acesso aos serviços e serviço de vigilância epidemiológica).
Mais sobre coeficiente de mortalidade nos post sobre mortalidade por causa específica, mortalidade infantil e mortalidade materna.


Referências:
1- ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
2 - GORDISLeonEpidemiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Revinter, c2010. 372 p. Epidemiologia veterinaria: principios y metodos / 1997.

Coeficiente de letalidade

Letalidade é o poder que uma doença tem de levar as pessoas a morte. Defini-se o coeficiente de letalidade pela ralação entre o número de óbitos por determinada doença e o número de pessoas realmente acometidas (diagnosticadas) por esta.
Este coeficiente permite avaliar a gravidade de uma doença, considerando as variáveis idade, sexo, condição socioeconômica da região onde ocorra.

Referências:
1- ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
2 - GORDISLeonEpidemiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Revinter, c2010. 372 p. Epidemiologia veterinaria: principios y metodos / 1997.

Coeficientes de Morbidade

 De maneira geral denomina-se morbidade o comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta, logo, os índices de morbidade contém informações basilares para o controle de doenças e agravos.
Importante salientar que, quando falamos de índice de morbidade nos referimos a uma população pré-definida, normalmente tratada com população exposta.
Referências:
1- ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
2 - GORDISLeonEpidemiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Revinter, c2010. 372 p. Epidemiologia veterinaria: principios y metodos / 1997.

Indicadores de Saúde - Visão Geral

Os indicadores de saúde são medidas que contém informações essenciais sobre a situação da saúde em uma determinada região. Se utilizam do registro de doenças e mortes para gerar dados
Em 1995 o Ministério da Saúde (MS) e a organização pan-americana de saúde (OPAS) formaram a rede interagencial de informações para a saúde (RIPSA) com o objetivo de unificar os dados. A partir de 1996 a RIPSA passou a divulgar a matriz de indicadores básico (IDB) periodicamente.

Um indicador de saúde deve ser avaliado quanto as seguintes qualidades:
- Propriedade dos componentes de sua utilização (frequência dos casos, tamanho da população)
- Precisão dos sistema de informação (registro, coleta)
- Validade (capacidade de medir o que pretende)
- Confiabilidade (produz os mesmos resultados em situações semelhantes)
- Mensurabilidade (basear-se em dados fáceis de conseguir)
- Relevância (responde às prioridades em saúde)
- Efetividade (os resultados justificam o investimento em tempo e recurso).

 Podem ser classificados nos seguintes perfis:
• Demográficos: natalidade, fecundidade, esperança de vida.
• Socioeconômicos: renda percapita e familiar, escolaridade, saneamento, renda; etc.
• Saúde: morbidade, mortalidade, entre outros.

Ainda, os indicadores de saúde podem apresentar-se como:
* Valores absolutos: número de casos, de gestantes, etc. (Útil para administrar recursos).

* Valores relativos: índice de mortalidade por causa específica, índice de letalidade, etc.(Permitem comparações e elencamento de prioridades. 


Referências:
1- ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
2 - GORDISLeonEpidemiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Revinter, c2010. 372 p. Epidemiologia veterinaria: principios y metodos / 1997


segunda-feira, 6 de março de 2017

Introdução a medicina prenventiva

Medicina Preventiva é a área da medicina direcionada para prevenção de doenças. Muito mais do que campanhas para diagnóstico precoce, vacinação e promoção de atividades saudáveis. Hoje está área médica envolve epidemiologia, legislação e tem parte ativa na gestão dos sistemas de saúde
Quando abordamos medicina preventiva na preparação para concursos de residência médica, dividimos a medicina preventiva em algumas áreas:
- Medidas de saúde coletiva.
- Estudos epidemiológicos.
- Vigilância epidemiológica.
- Saúde do trabalhador.
- Sistemas de saúde.
Essa divisão mais didática permite que organizemos nossos estudos abordando todas as áreas da medicina preventiva.


Referências:
1. WHO. Ottawa Charter for Health Promotion. An international conference on health promotion: The move towards a new public health; 1986 Nov 17-21; Ottawa. Ottawa: WHO; 1987.
2. Downie RS, Fyfe C, Tannahill A. Health promotion, models and values. Oxford: Oxford University Press, 1990.
3. Alwan A. Noncommunicable diseases: a major challenge for public health in the Region. East Mediterr Health J 1997; 3 (1): 6-16.